Thursday, June 28, 2007

Fotografei-te na minha RollyFlex

Um império de Areia,
um mar de Sangue,
um vinho de Medo.
Bebido outra e outra vez,
até ao Esquecimento.
Quando a alma chora nua solidão.
Nem a razão, nem a Flor,
conseguem respirar.

Maria

Sunday, June 17, 2007

O tempo parou em Lisboa. Parou o bater de coração da calçada, as pombas no ar e o meu sangue congelou.

Maria

Friday, June 01, 2007

A coruja branca triste chegou

Maria, Maria aonde estás?

Não sei, mas acho que conheço aquela nuvem ali mais a frente.
Aquela pedra, aquela árvora, aquela flor! Sei os lugares aonde se escondem as mais bonitas.
As mais bonitas lágrimas. Muitas. Nascem numa gruta tão funda, tão longe, tão quente, daquelas que tem um lago brilhante dentro e partilham um braço com o mar. É por isso que são salgadas, que não se guardam atenciosamente cá dentro. Correm-nos como se fugissem do sangue. Não se misturam.
De um rosto escuro, sujo, de olhos azuis.
De um piano, de um pião.
De uma cidade que ergue e nos deixa sozinhos.
De desejos.
Da solidão.

Maria